VOCAÇÃO!

Seja para constituir família, viver exclusivamente para Deus ou para doar a vida por uma missão, todos os cristãos possuem uma vocação. Ela é o chamado do Pai, cuja finalidade é a realização plena da pessoa humana. É um gesto gracioso do Senhor que visa a plena humanização do homem. É dom, graça, eleição cuidadosa, visando a construção do Reino dos Céus. Para compreendermos em profundidade o significado dessa iniciativa divina, precisamos fazer a distinção entre: Vocação Fundamental e Vocação Específica.

Vocação Fundamental: Entendemos por vocação fundamental o chamado de cada pessoa à vida, a ser Filho de Deus, a ser cristão, a ser Igreja. É um chamado a desenvolvermos plenamente todas as nossas potencialidades. As vocações específicas derivam da vocação fundamental.


Vocação Específica: Entendemos por vocação específica a maneira própria de como cada pessoa realiza a sua vocação fundamental, como leigo, sacerdote ou religioso. As vocações específicas são três: laical, religiosa e sacerdotal.

Vocação específica

No que diz respeito à teologia das vocações específicas, convém observar o seguinte:

Vocação Laical

O carisma da vocação laical ocupa um lugar central na Igreja, pois a define para o mundo. Outras vocações não têm essa centralidade. O leigo tem carisma e função para libertar a secularidade do mundo, mediante o anúncio de Jesus Cristo, de modo a fazer com que o mundo tenha autonomia. Ele tem a missão de fazer com que o mundo entre em comunhão com o mistério que a Igreja representa.

A vocação laical tem sua origem nos sacramentos do batismo e da crisma. O cristão leigo tem o papel de libertar o mundo da secularidade, dos falsos ídolos e de todas as prisões que oprimem e destroem a pessoa humana. Vivendo no mundo como solteiro, casado ou consagrado (de maneira individual ou num instinto secular), os leigos são fermento na massa, sal e luz do mundo. Na vocação laical temos o estado de vida matrimonial. Chamados a ser pai, a ser mãe, a gerar vida, a constituir família. A família é chamada a constituir a Igreja doméstica.

Vocação Religiosa

O carisma da vida religiosa está orientado também para o mundo. Demonstra o contraste, não é fuga, mas compromisso. A vocação religiosa é assumida por homens e mulheres que foram chamados a testemunhar Jesus Cristo de uma maneira radical. É a entrega da própria vida a Deus. Essa vocação existe desde o início do Cristianismo: vida eremítica, monástica e religiosa. Nesses dois mil anos de história surgiram inúmeras ordens, congregações, institutos seculares e sociedades de vida apostólica.

Os religiosos vivem:

a) Como testemunhas radicais de Jesus Cristo;

b) Como sinais visíveis de Cristo libertador;

c) A total disponibilidade a Deus, à Igreja e aos irmãos e irmãs;

d) A total partilha dos bens;

e) O amor sem exclusividades;

f) A consagração a um carisma específico;

g) Numa comunidade fraterna;

h) A dimensão profética no meio da sociedade;

i) Assumem uma missão específica;

Vocação Sacerdotal

O sacerdócio fundamental é comum a todo cristão leigo. Cristo fez do novo povo um reino de Ssacerdotes para Deus Pai (cf. Ap 1,6). Pelo Batismo todos participam da dimensão sacerdotal de Cristo (LG 27). O sacerdócio ministerial, pelo poder conferido, forma e rege o povo sacerdotal, realiza o Sacrifício Eucarístico na pessoa de Cristo e O oferece a Deus em nome de todo o povo (LG 28).

O ministério ordenado (carisma próprio do diácono, presbítero e bispo) é uma vocação carismática particular. O Espírito Santo - concede esta vocação a alguém e esta vocação converte-se em função. Um carisma que se converte em ministério. Ratifica-se após a imposição das mãos do bispo.

O presbítero é chamado a assumir o ministério hierárquico na Igreja como serviço aos irmãos. Esse ministério surgiu na geração apostólica quando os apóstolos se preocuparam pela continuidade das comunidades. Assim como não poderia existir comunidade primitiva sem apóstolo, da mesma forma não pode existir comunidade cristã sem sacerdote.

Fonte: wiki.cancaonova.com

A vocação cristã

Os cristãos são todos os homens e mulheres que pelo batismo aderem a Jesus Cristo. E para ser de Cristo nós devemos ser seus discípulos e missionários no mundo. Devemos testemunhar o “Deus vivo”(Cf. Dt 5,2¨) que liberta o seu povo eleito dos opressores e da opressão(Cf. Ex 3,7-10), que perdoa todos os pecados, indistintamente(Cf. Ex. 34,6; Eclo 2,11), e que restitui a salvação perdida quando o povo, envolvido na cultura cotidiana da morte(Cf. Sl 116,3), a Ele se dirige(Cf. Is 38,16). É deste Deus que seu divino Filho, Jesus que nos foi enviado, para que todos nós tenhamos vida e vida plena.

Escutar o chamado de Jesus de Nazaré e dar um sim autêntico ao seu Evangelho, é aceitar o doce convite de Jesus para que a Ele nos estreitemos vinculando nossa vida a sua vida. Na escola de Jesus, convivendo com Ele, iremos descobrir dois aspectos fundamentais na vida cristã: Primeiro, que foi Cristo que nos escolheu. Em segundo lugar, Jesus nos escolheu para que estivéssemos com Ele e para nos enviar a pregar o seu Evangelho a todos os povos, gentes e nações, para que o mundo creia que Ele é o Senhor, Redentor e está no meio de nós(Cf. Mc 3,14).

Jesus não nos quer como servos porque “o servo não conhece o que o seu senhor faz”(Cf. Jo 15,15). O servo não tem a entrada franca e desimpedida na casa de seu amo, muito menos em sua vida. Jesus quer que cada um de nós, que somos batizados, sejamos seus amigos. Porque sermos amigos de Jesus? Porque o amigo ingressa na vida de Jesus, fazendo-a própria. O amigo escuta a Jesus, conhece ao Pai e faz fluir sua Vida(Jesus Cristo) na sua própria existência(Cf. Jo 15,14)marcando todos os nossos relacionamentos, marcando todas as nossas atitudes e marcando, sobretudo, o nosso agir no mundo atual. Ser irmão de Jesus é participar da vida de Jesus, da vida do Ressuscitado, Filho do Pai, que veio a este mundo para que nós possamos viver na escola de Jesus que prega amor, perdão e comunhão.

Nós, como discípulos-missionários de Jesus Cristo, fazemos parte da família de Jesus. Por isso somos chamados a termos uma união íntima com Jesus, sermos obedientes à sua Palavra de Salvação, que é sempre fazer a vontade do Pai, na fidelidade ao anúncio do Evangelho do Filho, contando sempre com a assistência do Espírito Santo. Se caminhamos na comunhão da Santíssima Trindade iremos colher os frutos do amor que Deus derrama na vida de todos os que são fiéis ao seu Reino, a sua Palavra, e à sua Mesa da Eucaristia.

Como responder a este chamado de Jesus? Com a fé cândida de viver e anunciar que Jesus redimiu os pecados da humanidade e os males do mundo, oferecendo a sua vida, por doação total, a todos os homens e mulheres, para que ressuscitado dos mortos pela vontade de Deus Pai, possa pela sua morte-ressurreição-ascensão ao Céu, dar o mesmo destino a todos os homens: a vida eterna na comunhão dos santos.

Por isso, a vocação cristã está fundamentada na dinâmica do Bom Samaritano(Cf. Lc 10,29-37), que nos ensina a sermos irmãos, sermos próximos, especialmente com quem mais sofre, seguindo a prática de Jesus que come com os publicanos e pecadores(Cf. Lc 5,29-32), que acolhe os pequenos e as crianças(Cf. Mc 10,13-16), que cura os leprosos(Cf. Mc 1,40-45), que perdoa e liberta a mulher pecadora(Cf. Lc 7,36-49; Jo. 8,1-11), que fala com a Samaritana(Cf. Jo. 4,1-26).

Assim, aderindo a pessoa e ao saber de Jesus Cristo somos convidados a dar o nosso “Sim” que compromete radicalmente a liberdade do discípulo e se entregar a Jesus, Caminho, Verdade e Vida(Cf. Jo 14,6). E dentre as formas de encontrar Jesus está a escuta da Palavra de Deus, o recebimento do seu perdão na freqüência ao Sacramento da Reconciliação, e na vida Eucarística, ser da Eucaristia, participar da Missa e dos demais sacramentos, com piedade e compromisso, que gera a entrega amorosa e solidária aos irmãos mais necessitados e na vida de muitas comunidades que reconhecem com alegria o Senhor Ressuscitado em seu meio, a animá-los nesta caminhada rumo ao Céu.

Vocação Obra de Maria

Em todo tempo da vida Eclesial Católica, o Espírito Santo tem suscitado novas maneiras de ser Igreja, novos carismas, que são como uma primavera, e dentre estes surge o Carisma Obra de Maria. O mesmo Espírito, também acende nos corações de tantos homens e mulheres o desejo de entregarem-se a Deus como operários para a vinha do Senhor.

Ontem, 26/09, alguns irmãos, por meio da Comunidade Obra de Maria, responderam ao chamado de Deus, iniciando, oficialmente, a primeira etapa de formação, pré-discipulado, e compromisso com a Igreja. A cerimônia aconteceu na Paróquia Nossa Senhora das Mercês, dentro da Santa Missa.

Nome dos que entraram para fase do pré-discipulado:

- Diácono César augusto (Arquidiocese de Palmas)

- Selama Maria (Esposa do Diácono)

- César Filho (Filho do Diácono)

- Franciele Durans (Filha do Diácono)

- Nilvânia Lopes

- Rafael Lopes

- Wanderson Batista


Segue algumas fotos (Clique na imagem)...

Vocação humana X Vocação Divina ???

É bom deixar bem claro, há a vocação humana e a vocação divina. A vocação humana é aquela em que a pessoa se sente feliz e realizada: em ser médico, advogado, professor, lavrador, mecânico... etc. Trabalha naquilo, por que gosta. Se a pessoa precisa trabalhar naquilo, mas não gosta, dizemos que ela não tem aquela vocação.

Mas mesmo assim, esta vocação é diferente da vocação divina, onde a pessoa, ao escolher ser padre, religioso, ou religiosa, escolhe aquilo porque gosta e se sente feliz. Então, qual é a diferença? A diferença é que na vocação humana, você faz aquilo e espera o salário, a recompensa merecedora por aquilo em que você se esforçou. Na vocação divina, você faz puramente por amor. Faz por um amor desinteressado, que sai de dentro do coração, da alma, e produz uma paz verdadeira, porque provêm do cumprimento da vontade de Deus. Podemos, então dizer que este é um amor-doação.

"Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer." (Lc 17, 10)

No Reino de Deus não se trabalha para alcançar prêmios na terra, mas no Céu. Santa Teresinha do Menino Jesus dizia: "A nós o trabalho, a Jesus o sucesso!"

Esse é o motivo pelo qual vocação divina não é profissão, onde, se você não gosta, reclama, não trabalha direito, ou até mesmo, se possível deixa o emprego.

Mas, na vocação divina se uma pessoa já assumiu perante Deus, aquele compromisso, ela deve ir até o fim, sem desanimar com o peso da Cruz, nem em querer ser elogiado pelo que fez. E isto não vale somente para a vida religiosa consagrada, mas também para o casamento.

É muito freqüente ouvir-se em Curso de noivos, que não se deve pensar em casar só para ser feliz, mas para fazer o outro feliz. Se você casou para ser feliz, você não compreendeu o sentido do casamento, você deve querer fazer a felicidade daquela pessoa que você ama, e assim você será feliz! Já pensou se todos os casados tivessem este pensamento, como não seriam diferentes os casamentos?

Depois das curas e milagres, Jesus não esperava os aplausos, Ele cumpria a Vontade do Pai saindo despercebido antes de ser aclamado: "O que havia sido curado, porém, não sabia quem era, porque Jesus havia se retirado da multidão que estava naquele lugar."(Jo 5, 13)

"À vista desse milagre de Jesus, aquela gente dizia: “Este é verdadeiramente o profeta que há de vir ao mundo. Jesus percebendo que queriam arrebatá-Lo e fazê-Lo rei, tornou a retirar-Se sozinho para o monte." (Jo 6, 14 - 15)

"Espalhava-se mais e mais a Sua fama e corriam grandes multidões para o ouvir e ser curadas das suas enfermidades, mas Ele costumava retirar-Se a lugares solitários para orar." (Lc 5, 15- 16)
A vocação divina é diferente da vocação humana, pois não se trata de uma profissão, mas de um estado de vida. Deve ser uma doação, livre, consciente, madura, por amor a Deus e ao próximo.
Se para toda decisão de nossa vida, devemos ser sensatos, quanto mais uma decisão que levará a um estado de vida definitivo.
Fonte: cancaonova.com

Você está atento(a) a voz do Senhor?

Todos nós cristãos somos chamados para anunciar o reino de Deus, seja no matrimônio, no sacerdócio, na vida religiosa ou em qualquer meio onde vivemos.

É a forma mais concreta de demonstrar o nosso amor e gratidão por Aquele que, com sua morte na cruz, levou todas as nossas dores, aflições, tristezas e sofrimentos. Nós cristãos temos o compromisso de seguí-Lo e anunciar que Ele está vivo e está no meio de nós. Que o mesmo Jesus da Palestina continua hoje, a curar, libertar e restaurar todos aqueles que O procuram e acreditam em Suas promessas.

Jesus convida todos a segui-Lo:VEM E SEGUE-ME ! Alguns O seguem no primeiro chamado, como aconteceu com André, Pedro, João e Tiago, que abandonaram as suas redes nas margens do Mar da Galileia, para seguir o Mestre, e nunca mais O deixaram. Outros, depois de muitas indecisões, recuos, medos, aceitam o convite do Senhor. Porém, têm aqueles que escutam a voz do Senhor e resistem, deixando a graça passar.

Seguir os passos de Jesus não é fácil. É ficar sempre com Ele, é anunciá-Lo com a Palavra e testemunhos, é deixar-se amar por Ele e aprender a amar como Ele. Jesus passa, olha e chama ..."Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura..." ( Mc.16,15), resta estarmos atentos!

E você meu querido, minha querida está atento (a) a voz do Senhor?
Se você deseja fazer uma experiência de como servir ao Senhor com alegria, com simplicidade e com o "jeito de Maria", a nossa Comunidade está de braços abertos para recebê-lo (la).

Que no momento certo do seu chamado você possa dizer, como Maria: "...Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra..." (Lc 1,38).


Maria Salomé
Co-fundadora da Comunidade Obra de Maria

Vocação e realidade dos jovens!

A juventude, de um modo geral, sonha com muitos caminhos e realizações. Mas, nem todo sonho traz felicidade. Para ser feliz, o jovem precisa descobrir qual é sua verdadeira missão. E nessa busca deve procurar enfrentar, com seriedade, o presente. Mas também precisa ter consciência de que ser pessoa digna e ser cristão é a primeira grande vocação a que todos somos chamados e à qual está ligada qualquer outra vocação particular.

Toda escolha de vida é digna e boa, mas deve gerar um compromisso, por exemplo, quem se casa, se compromete a ser fiel ao amor que dedica à pessoa a quem ama; os consagrados se comprometem a amar, com exclusividade, o Senhor da vida, e por causa dele todas as pessoas do mundo a quem servirão em diversas maneiras; os solteiros, também eles, se comprometem a amar, porque, caso contrário, sua vida não teria sentido.
Como se vê, a teoria parece simples, mas na prática a realidade é outra. Concomitantemente a decisão que o jovem deverá tomar sobre qual caminho seguir enfrentará o impacto das influências da cultura pós-moderna, em razão do novo contexto de crescimento econômico e do nível de escolaridade.

Cada vez mais as pessoas têm mantido menos vínculos com a Igreja. Buscam-na para momentos mais intensos da vida humana, como, por exemplo, o batismo, o casamento, a morte. É uma atitude de ateísmo prático. Às vezes professa fé em Deus, mas, na vida prática, atua como se Deus não existisse.
Neste novo quadro, a Igreja também sofre contínuos ataques dos meios de comunicação de massa e da sociedade civil, que a acusa de abuso de poder, de falta de transparência, de abusos sexuais — como pedofilia — e da falta de sincronia com o mundo moderno.
Na medida em que avançam, a cultura moderna e a pós-moderna, impulsionadas pelos meios de comunicação e o ambiente de progresso das grandes cidades, desaparece a cultura católica e suas estruturas de apoio.

A Igreja no Brasil enfrenta a falta de fé dos jovens. Mas as crises fazem parte da história, provocam o crescimento e a evolução da humanidade. É provável que estejamos passando por uma delas, mas o importante é criarmos oportunidades para que a juventude possa se reencantar com as instituições e redescobrir que elas podem ser instrumentos para uma vida social melhor, quando desalienam as pessoas e permitem que elas sejam mais felizes.
Você, que é jovem ou trabalha com juventude, seja fermento na massa que evangeliza, persista na missão de encontrar sua verdadeira vocação, mas não esqueça de ajudar, com dinamismo, outros jovens a construir o seu projeto de vida, integrando nessa obra o processo de educação na fé, pois sem ela o amadurecimento humano e cristão dos jovens fica incompleto.

“O único evangelho que muitas pessoas vão ler é nosso exemplo de vida” (Dom Hélder Câmara).

Vocação do Profeta

Anda no pecado, o meu povo escolhido.
Não encontro sequer um coração contrito
disse-me o senhor, todos
Vai falar por mim. Anuncia-me

Eu não sei falar. sou apenas uma criança.
Ah eu não sei falar. sou apenas uma criança
tenho medo Senhor.
vem falar por mim. misericórdia

Tens a vocação de não calar a minha voz
Vamos coragem, grita meu amor entre as nações
disse-me o Senhor,
Vai falar por mim.Anuncia-me

Vocação de Jesus!

Jesus teve uma vocação? É difícil responder a essa questão, mas como se sabe a vocação é “um chamado para a missão”. Jesus teve uma missão: veio ao mundo com uma missão/vocação. Encarnou-se e viveu no meio de um povo simples, trabalhou com suas próprias mãos, amou com coração humano, participou da comunidade. Nos seus gestos e palavras, revelou o amor do Pai e a sublime vocação do ser humano.

A vocação/missão de Jesus foi revelar e realizar o Projeto do Pai. Viveu em íntima relação com o Pai, a ponto de dizer: “Meu alimento é fazer a vontade de meu Pai”. No seu estilo de vida simples, ele revelou um jeito novo de viver, aberto ao serviço mútuo.

Jesus sabia como seria o desfecho de sua missão e as dificuldades que encontraria pelo caminho. No entanto, em função da sua união íntima com o Pai, não recusou ao seu propósito, nem fugiu. Para nós, Jesus é o Messias esperado, o Senhor e Salvador, Deus e homem verdadeiro, aquele que veio reunir os filhos e conduzi-los para a Casa do Pai. Esse é o centro e o destino final da história humana.

“Eu vos escolhi e vos chamei de amigos”. No começo da vida pública, em Nazaré, Jesus entra na sinagoga e lê uma passagem de Isaías, que resume a sua missão (Lc 4,14-22). Jesus não teve uma vocação, mas teve a vocação.

Como ouvir a voz de Deus?

Certo dia, um sacerdote afirmou: “Deus não chama ninguém. Nós é que descobrimos o que fazer na vida. A vida, os acontecimentos, as pessoas e ahistória que construímos vão nos despertando e, assim, encontramos nosso lugar”. E completou: “Mas, sem Deus, a gente não é nada!”“Se ouvires a voz de Deus chamando sem cessar…”, diz a canção do pe. Zezinho, que já tocou tantos corações juvenis. É possível ouvir a voz de Deus? Como ouvi-la? De que maneira Deus fala? Como saberemos se a voz é dele ou de outro qualquer? Que relação tem a voz de Deus com os apelos do mundo?

Algumas pessoas sustentam a idéia de que o chamado de Deus é algo com o qual nascemos e vamos desenvolvendo. Outros defendem que esse chamado surge independentemente de nossa participação. Não existe nada de mágico no chamado de Deus. Existem, sim, corações antenados com a vida, com as diferentes realidades do mundo e das pessoas, que se sentem impelidos a dar uma resposta concreta. Quando nos misturamos com as pessoas e comungamos de seus anseios e buscas, sofrimentos e alegrias, entramos na onda de Deus. Da mesma forma, quando captamos apelos que brotam do mundo dos jovens desejosos de construir a fraternidade e a solidariedade, possivelmente descobrimos o nosso lugar.
Isso pode virar um projeto de vida que precisa de resposta. Torna-se “chamado de Deus” aquilo que percebemos como algo de Deus que nos move e inspira. Dessa maneira, aquilo que nasce no coração da vida passa a ser lido e experimentado como algo que nasce no coração de Deus. Assim, é chamado de Deus à medida que vamos tomando consciência de que o projeto no qual estamos “gastando a vida” tem a ver com o projeto de Deus. Assim entendido, o estilo de vida que escolhemos ou aquilo que fazemos se tornam a marca da presença de Deus no mundo. […]




Fonte: Blog Paulinas

O que é VOCAÇÃO?

De acordo com o dicionário da língua portuguesa, Vocação significa “Talento”. Para nós cristão, o significado de vocação vai bem mais além do que um simples talento. Em nossa enquete passada, com a pergunta: “O que você entende por Vocação?”, a maioria respondeu perfeitamente que “Vocação é um chamado de Deus para um caminho religioso, que é atribuído para desempenhar funções em nossa missão para a construção do seu Reino".

Vocação é um dom que recebemos de Deus para bem realizarmos nosso papel na evangelização de seus filhos, a cada um é dado um dom. Deus nos deixou 07 Dons: Sabedoria, Inteligência, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor a Deus.

São Paulo, em sua carta aos Coríntios, cita alguns dos carismas que são provenientes dos Dons: “A cada um é dada à manifestação do Espírito para proveito comum. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, por esse mesmo Espírito; a outro, a fé, pelo mesmo Espírito; a outro, a graça de curar as doenças, no mesmo Espírito; a outro, o dom de milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. Mas um e o mesmo Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz.” (I Cor 12,7-11).

Todos nós nascemos com uma vocação, Deus nos dá a vocação de acordo com a nossa necessidade. Você deve estar se perguntando: “Sim, ele falou, falou, mas não disse qual é a minha vocação?”. Nossa vocação é revelada através do Espírito Santo. “Sim, certo, mas como o Espírito Santo irá revelar a minha vocação?”. É bem simples, através da oração, do jejum, do anúncio do Evangelho, da Sagrada Eucaristia e, principalmente, através do Sacramento do Crisma . E através do Espírito Santo, somos capacitados para com nossa vocação seguir nossa missão, como construtores do reino de Deus.

“O Batismo , a Crisma e a Eucaristia são os Sacramentos da iniciação cristã, por isso, são a base da vocação comum de todos os discípulos de cristo, vocação à santidade e à missão de evangelizar o mundo. Conferem as graças necessárias à vida segundo o Espírito nesta vida de peregrinos a caminho da Pátria” (CIC 1533).

consiste em manifestar a imagem de Deus e ser transformada à imagem do Filho único do Pai. Esta vocação implica uma dimensão pessoal, pois um é chamado a entrar na bem-aventurança divina, mas concerne também ao conjunto da comunidade humana.

Castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual. A virtude da Castidade comporta, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação.
Deus, que criou o homem por amor, também o chamou para o amor, vocação fundamental e inata de todo ser humano. Pois o homem foi criado á imagem e semelhança de Deus, que é Amor. Tendo-os Deus criado homem e mulher, seu amor mútuo se torna uma imagem do amor absoluto e infalível de Deus pelo homem.
Vocação para o Apostolado: toda a Igreja é apostólica na medida em que, por meio dos sucessores de S. Pedro e dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com sua origem. Toda a Igreja é apostólica na medida em que é ‘enviada’ ao mundo inteiro; todos os membros da Igreja, ainda que de formas diversas, participam deste envio. “A vocação cristão é também por natureza vocação ao apostolado”. Denomina-se “apostolado” “toda a atividade do Corpo Místico” que tende a “estender o reino de Cristo a toda a terra”.
Vocação ao Casamento: a intima comunhão de vida e de amor conjugal que o Criador fundou e dotou com suas leis é instaurada pelo pacto conjugal, ou seja, pelo consentimento pessoal irrevogável. A vocação para o Matrimônio está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, conforme sairão da mão do Criador. “A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar da comunidade conjugal e familiar”. “Esse amor é bom, muito bom, aos olhos do Criador, que é amor” (I Jo 4,8.16). E esse amor abençoado por Deus é destinado a ser fecundo e a realizar-se na obra comum de preservação da criação: “Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a”. (Gn 1,28).
Os que recebem o sacramento da Ordem são consagrados para ser, em nome de Cristo, “pela palavra e pela graça de Deus, os pastores da Igreja”. Por sua vez, “os esposos cristãos, para cumprir dignamente os deveres de seu estado, são fortalecidos e como que consagrados por um sacramento especial”. A Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo a seus Apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos; é, portanto, o sacramento do ministério apostólico.
E não podemos falar de vocação sem falar da vocação de Maria. Para ser a Mãe do Salvador, Maria “foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função”. No momento da Anunciação, o anjo Gabriel a saúda como “cheia de graça”. Efetivamente, para poder dar o assentimento livre de sua fé ao anúncio de sua vocação era preciso que ela estivesse totalmente sob moção da graça de Deus. E se tornou o modelo de vocação perfeita, através da unção do Espírito Santo.

Oração pelas Vocações

Senhor da Messe, Pastor do Rebanho,
Faz ressoar em nossos ouvidos
Teu forte e suave convite:
"Vem e segue-me!"
Derrama sobre nós o Teu Espírito,
Que Ele nos dê sabedoria
Para ver o caminho,
E generosidade para seguir Tua voz!

Senhor, que a messe não se perca
Por falta de operários!
Desperta nossas comunidades para a Missão!
Ensina nossa vida a ser serviço!
Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino
Na vida consagrada e religiosa!

Senhor, que o Rebanho não pereça
Por falta de Pastores!
Sustenta a fidelidade de nossos bispos,
Padres, diáconos e ministros!
Dá perseverança a nossos seminaristas!
Desperta o coração de nossos jovens
Para o ministério pastoral em Tua Igreja!

Senhor da Messe e Pastor do Rebanho,
Chama-nos para o serviço de teu povo.
Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho,
Ajuda-nos a responder: "SIM".