Vocação e realidade dos jovens!

A juventude, de um modo geral, sonha com muitos caminhos e realizações. Mas, nem todo sonho traz felicidade. Para ser feliz, o jovem precisa descobrir qual é sua verdadeira missão. E nessa busca deve procurar enfrentar, com seriedade, o presente. Mas também precisa ter consciência de que ser pessoa digna e ser cristão é a primeira grande vocação a que todos somos chamados e à qual está ligada qualquer outra vocação particular.

Toda escolha de vida é digna e boa, mas deve gerar um compromisso, por exemplo, quem se casa, se compromete a ser fiel ao amor que dedica à pessoa a quem ama; os consagrados se comprometem a amar, com exclusividade, o Senhor da vida, e por causa dele todas as pessoas do mundo a quem servirão em diversas maneiras; os solteiros, também eles, se comprometem a amar, porque, caso contrário, sua vida não teria sentido.
Como se vê, a teoria parece simples, mas na prática a realidade é outra. Concomitantemente a decisão que o jovem deverá tomar sobre qual caminho seguir enfrentará o impacto das influências da cultura pós-moderna, em razão do novo contexto de crescimento econômico e do nível de escolaridade.

Cada vez mais as pessoas têm mantido menos vínculos com a Igreja. Buscam-na para momentos mais intensos da vida humana, como, por exemplo, o batismo, o casamento, a morte. É uma atitude de ateísmo prático. Às vezes professa fé em Deus, mas, na vida prática, atua como se Deus não existisse.
Neste novo quadro, a Igreja também sofre contínuos ataques dos meios de comunicação de massa e da sociedade civil, que a acusa de abuso de poder, de falta de transparência, de abusos sexuais — como pedofilia — e da falta de sincronia com o mundo moderno.
Na medida em que avançam, a cultura moderna e a pós-moderna, impulsionadas pelos meios de comunicação e o ambiente de progresso das grandes cidades, desaparece a cultura católica e suas estruturas de apoio.

A Igreja no Brasil enfrenta a falta de fé dos jovens. Mas as crises fazem parte da história, provocam o crescimento e a evolução da humanidade. É provável que estejamos passando por uma delas, mas o importante é criarmos oportunidades para que a juventude possa se reencantar com as instituições e redescobrir que elas podem ser instrumentos para uma vida social melhor, quando desalienam as pessoas e permitem que elas sejam mais felizes.
Você, que é jovem ou trabalha com juventude, seja fermento na massa que evangeliza, persista na missão de encontrar sua verdadeira vocação, mas não esqueça de ajudar, com dinamismo, outros jovens a construir o seu projeto de vida, integrando nessa obra o processo de educação na fé, pois sem ela o amadurecimento humano e cristão dos jovens fica incompleto.

“O único evangelho que muitas pessoas vão ler é nosso exemplo de vida” (Dom Hélder Câmara).

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